“Bate! É só bater… Por que ela não bate? Será que ela não sabe bater?”

Todos aqueles que assistiram a animação Frozen, ou estiveram na internet nos últimos tempos, presenciaram a quantidade de memes ao redor dessa fala do boneco de neve, Olaf, criado pela personagem Elsa, no filme Frozen de 2014.

Mas o que a indagação do pequeno Olaf tem a ver com o tema do texto de hoje? Bem, ainda falando sobre o filme: o fato que Olaf não sabia é que quando Anna finalmente chega ao castelo de gelo de sua irmã e tem a chance de reencontrá-la, algo segura suas mãos, seu corpo é acometido pelo medo de bater à porta e receber apenas o vazio como resposta, assim como todas as outras vezes a qual chamou por sua irmã na infância.

Não muito diferente da animação e dos contos de fadas, é comum que em nossa vida tenhamos que passar por situações que nos colocam em dúvida e até nos fazem pensar “será que não era melhor eu desistir logo disso? Afinal nunca dá certo…”.

A frustração de não conseguir realizar algo, seja ele muito importante como uma vaga de emprego ou, até mesmo, corriqueiro como sempre perder o ônibus, faz com que criemos barreiras que nos prejudicam e impedem de continuar tentando novas oportunidades e até de enxergar se há algo que pode ser feito para impedir possíveis novas frustrações.

O sentimento da derrota, após uma tentativa fracassada, pode até ser inerente ao ser humano, porém é preciso estar sempre atento para si e cuidar para que esse sentimento não passe a tomar conta de quem somos e responder por nossas atitudes, fazendo com que nos tornemos pessoas com medo de novos desafios, oportunidades de trabalho ou pequenas mudanças.

Nem sempre o problema em uma tentativa fracassada está na gente, afinal se o último ônibus sai às 18h30 e você precisa de pelo menos 10 minutos andando até o ponto de ônibus, não adianta achar que vai dar certo sair às 18h25 do trabalho.

Haverão casos em que será necessário pensar em outras alternativas diferentes da que a iriamos tomar de primeira, como no exemplo acima: será que não existe uma rota alternativa? É possível chegar 15 minutos mais cedo para sair também 15 minutos antes? É possível pedir ajuda para alguém mais experiente neste trajeto?

Não é porque deu errado uma, duas ou, até mesmo, três vezes que você não deve tentar submeter novamente aquele artigo que você escreveu com tanto afinco, mas é sempre importante questionar a si e também o trabalho, se ele está sendo empregado da forma e no lugar correto. Que tal pedir para alguém da área analisá-lo ou tentar a submissão em outra revista…

As alternativas podem ser muitas quando nos colocamos a disposição do exercício de encontrar uma nova saída e principalmente: o de pedir ajuda, se algo está difícil, talvez seja porque você está tentando fazê-lo sozinho, pedir ajuda não é uma vergonha muito menos um sinal de que você fracassou em suas tentativas, mas sim de que você é experto o suficiente para tentar achar a alternativa mais simples e certeira para resolver sua demanda.

Então, da próxima vez que houver uma porta grande e fria para bater, lembre-se: o mais difícil você já fez, que foi chegar até ali.