O De Frente com Mayra é a realização de um sonho infantil que eu tinha, em que eu entrevistava as pessoas. Não sou Maísa, nem Tatá Werneck e muito menos me miro na Hebe ou na Dercy, mas quero muito utilizar meus espaços virtuais para divulgar assuntos e pessoas que admiro.

A definição dos temas se dá com base na temática mensal do Instagram @mayra.bebote. Com base na temática mensal, subdivido em temáticas semanais, de forma que sempre ao menos dois episódios estarão conectados. Para começar a brincadeira, resolvi falar sobre Alimentação, visto que estou abordando a temática de Autocuidado no Instagram. Falei por lá, e repito aqui, que enxergo o autocuidado como a busca do equilíbrio entre os âmbitos físico, mental e espiritual da nossa vida. Assim, os primeiros programas vão abordar o autocuidado partindo desta mesma ordem.

O Episódio 1 foi ao ar no dia 20/05 e contou com a presença da Nutricionista Comportamental Renata Aguiar, que durante 60min compartilhou seu conhecimento comigo e os espectadores. Como os episódios se dão em formato de Live do Instagram, farei um resumo por escrito aqui e também vou transformar em podcast tudo o que foi dito. Assim, espero atingir uma maior diversidade de espectadores e espalhar ainda mais a mensagem dos meus convidados! Vamos começar, então?

O que é Nutrição Comportamental?

A Renata começou a conversa se apresentando enquanto Nutricionista que optou pela vertente “comportamental” por considerar mais ampla e capaz de lidar com toda a complexidade que a alimentação envolve.

De acordo com a Renata, a diferença da abordagem comportamental é que ao invés de surgir com respostas prontas para problemas como “sobrepeso” ou “má alimentação”, estimula que o paciente encontre as próprias respostas, tratando categorias corriqueiramente entendidas como “problemas” com uma abordagem subjetiva, que demonstra que nem para todo mundo e para toda situação estas coisas são problemas de fato.

A abordagem comportamental aproxima a nutrição com uma “terapia alimentar” de forma que cada sessão estimula que o paciente entre mais em contato com seus anseios e problemas em relação com a comida. Um exemplo é a percepção da fome. A abordagem estimula que cada pessoa perceba como seu próprio corpo avisa que está com fome e aos poucos entenda do que é esta fome, para que a pessoa consiga se saciar na quantidade e qualidade específicas para o próprio corpo.

A ideia aqui é que o corpo humano é suficientemente sábio para nos dizer do que precisamos e o quanto precisamos, mas que ao longo das nossas vidas desaprendemos a ouvir estes chamados e necessidades e passamos a negligenciá-los. Ao reestabelecer o contato com estes “instintos” alimentares a expectativa é que o ato de se alimentar seja mais consciente e orgânico para as pessoas.

Alimentação vs. Quarentena

Neste período de isolamento social, as pessoas têm relatado dois comportamentos distintos. Por conta da ansiedade, algumas estão com compulsão alimentar e preocupados em engordar. Outras pessoas reagem à ansiedade com falta de apetite.

Independente da forma com a qual você esteja lidando com o momento, talvez a Renata possa te ajudar. Ela criou um e-book, em parceria com outras três profissionais de áreas correlatas (psicologia, educação física e massoterapia), com a intenção de tirar dúvidas e oferecer suporte para a nossa sobrevivência neste período de tanta incerteza. Para acessar o e-book, é só clicar neste link.

Para Refletir…

Algumas questões foram propostas pela Nutricionista, para nos ajudar a conquistar autonomia alimentar. Vou replicar aqui e espero que vocês consigam pensar sobre!

  1. Em que momentos do dia você sente fome?
  2. Do que você sente fome?
  3. Por que você questiona sua vontade de comer determinado alimento?
  4. O que você está buscando na sua comida?

Pra terminar…

Com essa conversa a gente entendeu que não existe “certo” ou “errado” no que diz respeito à alimentação e que cada pessoa pode ter o seu próprio ritmo, estilo e necessidades. Não devemos julgar os comportamentos alimentares alheios e sempre devemos considerar que alimentar-se é um ato social e ao mesmo tempo extremamente introspectivo e que depende de grande reflexão interpessoal. Da mesma forma, é importante considerarmos que nossas emoções estão diretamente relacionadas ao modo como nos alimentamos e por isso nem sempre apenas o apoio nutricional é suficiente. Mantenha seu checkup anual em dia e não deixe de procurar apoio psicológico se considerar necessário.

Renata Aguiar é Nutricionista Funcional e pode ser encontrada como @contemple.se e no Facebook, como Nutricionista Renata de Aguiar.